Um espetáculo híbrido onde o corpo e a instalação materializam um campo magnético e a relação poética entre o movimento necessário e o gesto desviante.
EDNI é uma expressão que designa um Espaço Denso e Não Ilimitado, que neste projeto assume a forma de um campo magnético onde o gesto explora as forças nas relações de distância. Trata-se de um dispositivo que investiga a violência da proximidade, o sentido único, vetorial, a fonte e o sensor.
Este espetáculo combina o corpo performático, projeções de corpos e um pêndulo, criando um campo magnético que revela a relação poética entre o movimento mecânico e repetitivo — necessário para libertação e recondução a um centro — e o gesto desviante, sem finalidade, contingente.
Na interseção entre performance e media art, Né Barros e João Martinho Moura desenvolvem trabalhos que articulam presença, memória e duplicação de universos em narrativas alternativas. Neste espaço, simultaneamente físico e ficcional, surgem projeções de imagens no limite da distorção. Representações de mulheres evocam serenidade e a suspensão de uma memória de um corpo matricial e sensual, desvelando a condição feminina como imagens trans-temporais.
Com cenografia do coletivo FAHR 021.3, performance de Vivien Ingrams e coprodução com o Teatro Aveirense, Edni integra a programação da Capital Nacional da Cultura.
Ficha Técnica
Direção e coreografia: Né Barros
Media Art e Música: João Martinho Moura
Cenografia: FAHR 021.3 - Filipa Frois Almeida, Hugo Reis e Josephine Gerhardt
Produção da cenografia: ArtWorks
Performer: Vivien Ingrams
Figurinos: Né Barros e FAHR 021.3 - Filipa Frois Almeida, Hugo Reis e Josephine Gerhardt
Produção de figurinos: Filipa Frois Almeida, Hugo Reis e Lígia Rios
Desenho de luz: Né Barros, João Martinho Moura e Francisco Campos
Operação técnica: Francisco Campos
Produção: Andreia Fraga
Consultoria Científica: Professor Jubilado Abílio Almeida
Residência artística: A Oficina
Coprodução: balleteatro e Teatro Aveirense