Sobre

Entre os diversos cruzamentos, a arte digital é ainda um domínio em expansão na dança. Apesar da apropriação das novas tecnologias encontrar diversos e importantes exemplos na dança, trata-se de um domínio com potencial a explorar ao nível estético e artístico. Neste projecto, o corpo é o primeiro motor da acção, mas este corpo coreográfico evolui para uma relação com o seu “duplo” artificial de forma a tentar gerar um espaço comunicativo onde se desafiam os limites coreográficos e se redimensiona o Gesto. Trata-se de um trabalho naturalmente em progresso, mas onde se testam já as suas possibilidades performativas.

Né Barros

Numa aproximação generativa à performance na sua vertente digital, tentam-se criar ambientes virtuais de transformação e transição, espaços existentes por entre os espaços reais, dotados de corporalidade e interactividade, numa sinergia entre a luz e a escuridão, entre o corpo e o gesto, entre o real e o digital.

João Martinho Moura

Desde 2009 que João Martinho Moura e Né Barros têm vindo a colaborar em diversos projetos num processo de laboratório contínuo de exploração do cruzamento entre a media arte a performance. Este projeto surgiu inicialmente, como um trabalho colaborativo entre o Balleteatro e o Mestrado em Tecnologia e Arte Digital da Universidade do Minho, e, desde logo, revelou-se como um excelente exemplo das sinergias entre as diversas facetas da criatividade. Reunindo a performance, as artes visuais, o som e a tecnologia num todo coerente e complementar, o projeto ilumina a importância das colaborações entre a arte e a tecnologia. As linguagens desses dois polos aparentemente dispares entrecruzam-se e, quando mutuamente compreendidas, geram um discurso poderoso. Atualmente, os artistas têm desenvolvido os seus projetos em colaboração com diversas entidades, tais como, Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, Teatros, Galerias ou Museus e, ainda, com diversos artistas das áreas da arquitetura, cenografia, música, teatro, cinema.